Um dos golpes que tem se tornado cada vez mais frequente é o do boleto falso. Além de ser um golpe muito bem elaborado, os criminosos cibernéticos costumam mudar constantemente o modo de como o golpe é aplicado.

Um dos motivos desse crescimento é o aumento de vazamentos de dados no Brasil, o que permite que os fraudadores tenham acesso cada vez mais a informações pessoais da vítima que acaba por facilitar o golpe. Hoje em dia os criminosos já conseguem ter acesso a dados que antes eram de difícil acesso, tais como: salário, escore de crédito, dados de conta bancária, empresas que tenha alguma ligação societária, placas de veículos, financiamentos, cartões de crédito e tantos outros dados.

De acordo com a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), são processados cerca de 6 bilhões de boletos anualmente e a instituição calcula que desde 2018 uma média de R$ 450 milhões de boletos fraudulentos vem sendo eliminados por ano. Segundo o Serasa Experian, a cada 8 segundos ocorre uma tentativa de golpe no Brasil, tendo como principais vítimas pessoas de 36 a 50 anos, da região sudeste do país.

Entenda o golpe

A forma mais comum desse golpe consiste em receber um e-mail, WhatsApp ou SMS, enviado por alguém se passando pela instituição geradora da fatura. Supostamente o boleto te oferece uma segunda via de um serviço que o criminoso já sabe que a vítima possui, ou até mesmo a fatura recorrente que é enviada pela instituição.

Parece tudo muito oficial, tanto do ponto de vista visual, bem como os dados que constam na informação que é passada e o boleto que é gerado. As cobranças mais comuns são de serviços de telefonia, internet ou assinaturas recorrentes. Ao imprimir e pagar o boleto, a instituição beneficiada não é a oficial, e o recebimento do pagamento cairá na conta do fraudador.

Além desse tipo de golpe acima, um outro tipo de golpe envolve a negociação de dívidas. Com o vazamento de dados da vítima através do CPF, o criminoso consegue entrar em contato com a mesma, renegociar a dívida e gerar o boleto falso para o pagamento.

Por fim, existe também uma forma mais avançada desse golpe. O fraudador consegue criar um anúncio pago que é exibido em redes sociais e portais de notícias. O anúncio oferece ofertas com preços bem abaixo do mercado e que levam a uma loja virtual que simula uma marca já bastante conhecida no mercado. O processo de compra on-line supostamente convence a vítima a estar realmente em uma loja oficial e adquirindo um produto real. Mas assim como nos exemplos anteriores, o pagamento será direcionado para o fraudador, bem como a vítima não irá receber o produto.

Identificando um boleto falso

Por mais que o boleto pareça ser verdadeiro, por conter a marca e dados da empresa, o que vale são os dados do código de barras. É ele que contém os dados que serão passados ao banco para a conta destinatária. Às vezes o golpe é tão bem realizado que os dados para digitação são diferentes do código de barras e cada um leva a uma conta diferente do fraudador. Se digitar vai para uma conta dele, e se ler o código de barras vai para outra. Ou seja, as informações que aparecerão no boleto serão verdadeiras, inclusive o valor a ser pago. Mas o código de barras e dados para digitação estarão registrados em outro nome.

#01. Verifique os dados do favorecido

Observe ao digitar o código para pagamento ou ler o código de barras os dados que irão aparecer para o favorecido. Se o nome for suspeito e não parecer ter nenhuma ligação com a instituição a que se deve o pagamento, é altamente recomendado não concluir a operação.

Se o pagamento estiver sendo realizado em lotérica ou banco, solicite ao atendente para realizar essa conferência dos dados.

#02. Atente-se aos detalhes no e-mail

Boletos falsos enviados por e-mail costumam ter como remetente um endereço de site que não é o oficial da empresa. Eles utilizam parte do nome da marca, mas que não se trata do endereço do site oficial. Os links também enviados para a geração do boleto também costumam seguir esse modelo de endereço de site semelhante ao oficial. Verifique também se o site possui o “https” ao invés de somente “http” antes do “www”, e se possui um ícone de cadeado. Isso indica normalmente que o site é seguro.

#03. A regra dos três primeiros dígitos

Os três primeiros dígitos do código de pagamento do boleto servem para identificar para o qual banco se está efetuando o pagamento. Exemplo, se seu boleto é para ser pago para o Banco do Brasil, como consta nele, cujo código é 001, e começa com 341 (que é do Banco Itaú), esse boleto é falso. Os códigos dos bancos podem ser encontrados no site da Febraban.

#04. Acesse os canais de pagamentos oficiais

Mesmo que você reconheça o serviço do possível boleto fraudulento, opte por fazer o download dos boletos diretamente dos canais de pagamento da empresa (site, aplicativo, WhatsApp oficial, e etc…). Evite ao máximo usar os que chegam por e-mail.

#05. Mantenha seus dispositivos seguros

Ative e mantenha atualizado o antivírus de seu computador, notebook, tablet ou smartphone. Evite realizar pagamentos e transferências em redes wi-fi públicas.

Caiu no golpe? Banco poderá lhe ressarcir

Caso já tenha pago o boleto falso, faça uma cópia da via do mesmo e do comprovante de pagamento. Se puder, anexe também as conversas e e-mails que geraram a fraude. Abra um boletim de ocorrência com esses dados e dirija-se a uma agência do seu banco ou pelo atendimento online com toda essa documentação.

Caso o banco se recuse a fazer a devolução do dinheiro, você pode entrar em contato com o Procon ou tentar uma ação judicial contra ele. Vale ressaltar que o ressarcimento irá depender da decisão da justiça.

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